O pavilhão brasileiro na 27ª Conferência Climática das Nações Unidas (COP27), em Sharm el-Sheikh, no Egito, realizou mais seis painéis nesta quinta-feira (10/11) para apresentar as ações ambientais realizadas pelo Brasil.
Um dos painéis destacou os avanços do saneamento. O diretor do BNDES, Bruno Aranha, ressaltou que, com a aprovação do Marco Legal do Saneamento, em 2020, o banco passou a estruturar projetos de concessão na área de saneamento. O maior deles foi o de concessão dos serviços de saneamento do Estado do Rio, que passou para a gestão privada no ano passado.
Hoje, o BNDES tem um portfólio de 20 projetos de concessão de saneamento, que pode impactar 35 milhões de pessoas e receber mais de US$ 20 bilhões em investimentos. “Nós temos uma conta que de cada real investido em saneamento, economiza R$ 4 em saúde”, ressaltou.
Parte do saneamento do Rio foi assumido pela concessionária Águas do Rio, que ficou responsáveis pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário em 27 municípios do estado do Rio de Janeiro, incluindo 124 bairros da capital. O presidente da companhia, Alexandre Bianchini, disse que o Marco do Saneamento trouxe segurança jurídica para o setor e que com as metas a serem cumpridas até 2033, como o atendimento de 90% da população com a coleta e tratamento de esgoto e universalização do sistema de abastecimento de água, é preciso haver a união entre os setores públicos e privados. Ele lembrou que para cumprir essas metas são necessários R$ 750 bilhões. Hoje, segundo Bianchini, 15% da população não tem acesso a água tratada adequadamente, o que corresponde a cerca de 33 milhões de pessoas. “Temos somente 50% da população brasileira com acesso a esgoto”, frisou o presidente da Cedae.
A programação completa do pavilhão brasileiro é disponibilizada no site do Ministério do Meio Ambiente. Todas as discussões podem ser acompanhadas ao vivo pelo YouTube.
Fonte: Pantanal News