Por Magno Martins, especial para a Folha
25/02/23 às 06H26 atualizado em 25/02/23 às 11H44
Com apenas dois anos de gestão, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), conhecido por JHC, já bateu em popularidade todos os gestores de capitais do País. Segundo levantamento do Instituto TDL, sua administração tem 80% de aprovação.
Passar pelo teste da gestão pública saindo do parlamento (foi eleito deputado estadual com apenas 24 anos e depois federal com 28 anos) não tem outra explicação senão empreender com ousadia, criatividade e enfrentar grandes desafios.
O maior deles, que puxou seu ibope para cima, foi tirar do papel a maior obra ambiental da história da capital alagoana, o projeto Renasce Salgadinho. Orçada em R$ 76,4 milhões, a recuperação do Riacho Salgadinho, que percorre 17 bairros e deságua na praia da Avenida Assis Chateaubriand, no Centro da capital, é o maior programa de saneamento do Nordeste.
Vai devolver o banho de mar aos que moram em Maceió numa praia que virou descarga de esgoto, abandonada pelos gestores que o antecederam.
O programa faz parte do Maceió tem Pressa, com 20 intervenções de engenharia, além de requalificação ambiental, melhorias no sistema de drenagem e recomposição do Salgadinho.
A recuperação do Salgadinho é um sonho antigo dos maceioenses que moram na região e também daqueles que circulam diariamente pelo local e são obrigados a conviver com o mau-cheiro exalado pelos esgotos despejados no riacho.
Para dar uma nova cara, a Prefeitura está implantando também jardins filtrantes, tecnologia de baixo custo e de fácil manutenção para o tratamento de esgoto. O prefeito FHC diz que as obras do Renasce Salgadinho se revestem com perfil revolucionário. “É a obra mais importante da história de Maceió, marca a vida do maceioense e da gestão, além de ser a maior obra de saneamento já vista na nossa capital”, afirmou.
Para acrescentar: “Estamos construindo cinco estações elevatórias ao longo dos riachos que vão levar os efluentes para o emissário submarino, que serão tratados e devolvidos ao mar como deveria ser feito há muito tempo. Tem também oito barreiras de contenção para evitar que os resíduos sólidos cheguem ao mar, entre outras intervenções que mudarão de fato a história do riacho Salgadinho”.
Também está prevista a criação de travessias, zonas de convívio, com calçadas requalificadas, acessíveis e bem iluminadas, além da pavimentação asfáltica adequada das pistas. As obras contemplarão, além do Salgadinho, a requalificação ambiental dos riachos do Reginaldo, Pau d’Arco, do Sapo, Gulandi e Águas Férreas.
A herança maldita do Riacho Salgadinho afeta toda a população da capital alagoana, os turistas e o meio ambiente. Num passado muito distante, foi cercado de banhistas e pescadores. Teve suas características mudadas devido à urbanização da capital e está sendo desassoreado, com sua área reurbanizada por uma decisão corajosa do prefeito.
“É uma obra que mostra que nos seus 206 anos Maceió pode renascer, e renascer da melhor maneira. O Riacho Salgadinho pertence a todos maceioenses e alagoanos, é o resgate e recuperação do nosso meio ambiente, que não pode ser deixado para trás. Um projeto muito bonito que em pouco tempo entregaremos para Maceió. Estamos investindo com muita coragem, arcando com toda a responsabilidade para melhorar a vida de 300 mil habitantes, uma obra que marcará para sempre a história de Maceió”, disse JHC.
Por Magno Martins
Fonte: Folha de Pernambuco