Em seguida, Amon Martins de Carvalho, gerente de Gestão Energética, ressaltou o papel da análise de dados na eficiência energética. Nesse contexto, o executivo destacou ferramentas como o Power BI e o uso de bibliotecas públicas da Aneel, ONS, IBGE e Inmet. Quando aliados a dados internos da Caesb, permitem não apenas o monitoramento em tempo real, mas também a identificação de desperdícios e o apoio à tomada de decisões estratégicas.
Webinar destacou redução de perdas, eficiência energética, combate a fraudes e mapeamento geoespacial como pilares para modernizar serviços no DF
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) realizou, no dia 1º de setembro, o webinar Inovação e Tecnologia em Gestão Operacional, que reuniu especialistas da empresa para apresentar estratégias voltadas à modernização do saneamento. O encontro foi mediado por Fuad Moura Guimarães Braga, superintendente da Caesb e vice-presidente da ABES-DF.
Diogo Fidelis Costa, gerente de Gestão de Perdas, destacou que 99% da população atendida no DF tem acesso à água potável, 95% à coleta de esgoto e 100% do esgoto coletado é tratado. Entre 2019 e 2024, os investimentos somaram R$ 1,68 bilhão. Ele apresentou ações da Comissão Multidisciplinar para Gestão de Perdas, que coordena mais de 100 atividades voltadas ao combate de perdas reais e aparentes. Fidelis também apontou os próximos passos, como a atualização de modelos hidráulicos e a criação de gêmeos digitais com sensores virtuais para otimização da rede.
“Todo mundo é responsável por reduzir perdas, a sociedade do DF como um todo”, afirmou.
Caesb aposta em dados e inovação no saneamento
“Se a base de dados não for consistente, começamos errando”, alertou.
Rafael Tavares de Souza, coordenador de Processos, apresentou os resultados da aplicação de machine learning para fiscalização e combate a fraudes. Nesse sentido, destacou que levantamento de 2023 revelou índice de fraude de 2,3% no DF, em universo de mais de 800 mil ligações de água. Além disso, ressaltou que o uso de algoritmos de inteligência artificial tem permitido maior assertividade e retorno financeiro.
Por sua vez, Rodrigo Junio Branches de Sousa, engenheiro civil da Caesb, falou sobre a adoção da tecnologia RTK GNSS. Ela garante precisão geoespacial no mapeamento das redes de água e esgoto. De acordo com ele, o uso da tecnologia fortalece o desenvolvimento do gêmeo digital da companhia, ampliando a confiabilidade das informações e qualificando o planejamento e as intervenções futuras.
Por fim, para Fuad Moura Guimarães Braga, a iniciativa evidencia o compromisso da Caesb em alinhar gestão operacional e inovação.
“A Caesb tem trabalhado com muito afinco no controle de indicadores que são fundamentais não apenas para a companhia, mas para todo o setor de saneamento”, afirmou.
Sobre a ABES
Fundada em 1966, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental é uma das mais tradicionais e influentes entidades do setor de saneamento e meio ambiente no Brasil. Com representação nacional e atuação em todos os estados, a ABES promove conhecimento, articulação institucional e capacitação técnica. O objetivo é contribuir para a universalização do saneamento e o desenvolvimento sustentável do país.
Fonte: Abes
