(Foto: Divulgação/PMETRP)
Fonte: RD – Repórter Diário – Henrique Araújo – 2 de fevereiro de 2024
Em celebração ao Dia Mundial da Educação Ambiental (26 de janeiro), as prefeituras do ABC contabilizaram um marco importante na causa da educação ambiental: cerca de 780 toneladas de materiais descartáveis foram recebidas em 2023. São 125 toneladas a mais do que o registrado em 2022.
A meta é a de manter o crescimento de materiais coletados, e as cidades promovem iniciativas de conscientização para o descarte sustentável, além de campanhas de troca para incentivar a coleta em 2024.
Para 2024, Mauá discute novas metas para o descarte de resíduos, como a ampliação do volume recolhido e aumento da área de atuação. Além dos programas Mauá Recicla e Troca Verde, que visam conscientizar sobre o descarte consciente, o município quer conectar as iniciativas a datas, como o Dia Mundial da Limpeza, Dia Mundial da Água e Dia Mundial do Meio Ambiente. Em 2022, a cidade coletou 101 toneladas de resíduos descartáveis, e em 2023, arrecadou 172 toneladas.
Em São Bernardo, foram arrecadados, em 2022 e 2023, 13 toneladas e 12 toneladas de materiais descartáveis, respectivamente. A perspectiva é que haja aumento no recolhimento do material reciclável, que contribuirá para redução da quantidade de material encaminhado ao aterro sanitário e redução dos impactos ambientais. A Prefeitura também almeja criar campanhas de educação ambiental que possam contribuir, gradualmente, para o aprimoramento do serviço de coleta seletiva.
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), responsável pela gestão dos serviços de resíduos sólidos na cidade, estuda ampliar o número de comunidades atendidas pelo programa Moeda Verde, com 30 locais até o fim de 2024. Outra medida será a abertura da Estação de Coleta Parque Marajoara, num total de 30 ecopontos distribuídos pelo município.
A autarquia segue com o trabalho do drive-thru do resíduo eletroeletrônico, Breshopping Sustentável, Gincana Ecológica e o Moeda Pet. Graças aos programas de coleta seletiva promovidos pela Prefeitura, foi possível a coleta de nove toneladas de resíduos descartáveis em 2022, e 11 toneladas em 2023.
Ribeirão Pires contabilizou a maior coleta da região ao alcançar 305 toneladas de itens descartáveis em 2022, e aumentar a quantidade para 354 toneladas este ano. Para 2024, o objetivo é reforçar o apoio à Cooperpires, centro de catadores e catadoras de materiais recicláveis, que realizam a separação dos materiais recolhidos, além de ações de divulgação e incentivo na cidade.
Segundo a Prefeitura, o projeto para este ano envolve a conscientização da população com objetivo de aumentar a quantidade de material coletado para reciclagem.
Já em Diadema, o investimento envolve o “Recicla Diadema”, programa que faz a coleta porta a porta de materiais recicláveis, além do investimento na educação ambiental da população para aumentar o volume coletado. Com o programa, o município recolheu o total de 454 toneladas desde a inauguração do projeto, em 2022, até o momento.
São Caetano e Rio Grande da Serra não responderam sobre os planos para o descarte de materiais até o fechamento desta reportagem.
A participação dos órgãos públicos em iniciativas que prezam pelo descarte sustentável de materiais colabora diretamente com a qualidade de vida dos moradores. João Carlos Mucciacito, professor no curso de pós-graduação de Gestão Ambiental na Fundação Santo André, comenta como a parceria entre prefeituras e munícipes é importante para a preservação do meio ambiente.
“Cada um de nós tem um papel ao fazer escolhas conscientes sobre nossos hábitos de consumo. O envolvimento da comunidade em programas como a organização de ações de limpeza e a promoção de campanhas de conscientização, principalmente por parte do poder público municipal, promove um senso de gestão ambiental e ação coletiva em prol de um ambiente mais limpo e saudável”, diz.
Mucciacito reforça que as cidades da região têm contribuído com a questão da sustentabilidade, e tem notado maior mobilização da população com as iniciativas. “De forma geral, as prefeituras têm feito a lição de casa e utilizam mecanismos sociais, como moedas de trocas, que têm sensibilizado os munícipes no sentido de conscientizar o descarte sustentável de resíduos”, diz.
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