Apenas uma em cada cinco cidades pernambucanas tem plano municipal de saneamento básico

Apenas uma em cada cinco cidades pernambucanas tem plano municipal de saneamento básico

Saneamento básico

Por g1 PE

12/09/2023

Documento é uma exigência legal para ter acesso a recursos federais para investimento na área, segundo o Tribunal de Contas do Estado.

Um estudo elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) identificou que apenas 40 cidades de Pernambuco (21,6%) possuem plano municipal de saneamento básico. O documento é uma exigência legal para ter acesso a recursos federais para investimento na área.

Dos 14 municípios do Grande Recife, seis possuem plano municipal de saneamento. São eles: Abreu e Lima, Camaragibe, Itamaracá, Ipojuca, Olinda e Recife.

O plano municipal de saneamento apresenta informações detalhadas sobre as ações que devem ser desenvolvidas para a universalização do saneamento básico nos municípios. Ele inclui os mecanismos para acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações programadas, assim como para a revisão periódica que deve acontecer a cada 10 anos.

O levantamento está disponível no “Painel de Saneamento”, elaborado pelo TCE. O tribunal compilou os dados fornecidos pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, trazendo um panorama sobre a situação de fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto em Pernambuco.

De acordo com os dados disponíveis no painel, quase metade (46%) da água distribuída em Pernambuco é desperdiçada. Segundo o levantamento, 16% da população pernambucana vive sem abastecimento, enquanto 69% não têm acesso ao serviço de esgoto. Os percentuais correspondem, respectivamente, a 1,5 milhão e 6,6 milhões de pessoas.

De acordo com o levantamento, entre os municípios com os maiores índices de desperdício, estão:

  • Salgadinho, no Agreste: 86,56%;
  • São José da Coroa Grande, na Zona da Mata Sul: 74,82%;
  • Sertânia, no Sertão: 73,73%;
  • Cedro, no Sertão: 72,06%;
  • Primavera, na Zona da Mata Sul: 72,02%;
  • Sirinhaém, na Zona da Mata Sul: 70,5%;
  • Vicência, na Zona da Mata Norte: 69,03%;
  • Jatobá, no Sertão: 68,51%;
  • Joaquim Nabuco, na Zona da Mata Sul: 68,5%;
  • Rio Formoso, na Zona da Mata Sul: 68,37%.

Embora não apareça entre as 10 cidades com maior desperdício, mais da metade (50,83%) da água que deveria chegar nas torneiras do Recife se perde pelo caminho. O percentual é maior do que a média estadual de 45,95%.

Outro apontamento do “Painel de Saneamento” é que apenas 21 cidades (12%) oferecem água a todos os seus habitantes. Dos dez municípios com pior taxa de abastecimento, oito estão no Agreste do estado:

  • Santa Cruz da Baixa Verde, no Sertão: 1,5%;
  • Paranatama, no Agreste: 12,02%;
  • Jupi, no Agreste: 15,61%;
  • Jataúba, no Agreste: 20,12%;
  • Casinhas, no Agreste: 22,31%;
  • Caetés, no Agreste: 28,14%;
  • Araçoiaba, no Grande Recife: 28,84%;
  • Orobó, no Agreste: 31,93%;
  • Salgadinho, no Agreste: 33,93%;
  • Buíque, no Agreste: 34,16%.

Ainda segundo o levantamento, menos de um terço da população de Pernambuco (30,8%) têm acesso à coleta de esgoto​. Quando considerado apenas o perímetro urbano do estado, o percentual sobe para 35,77%, mas ainda fica abaixo da média nacional de 55,81%.


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