Com ampla trajetória acadêmica e atuação internacional, Ana é fundadora do Instituto Reúso de Água, criado durante a pandemia com o objetivo de tornar o conhecimento técnico mais acessível para a área técnica e o setor.
Ana Silvia ressalta que o reúso de água é uma das soluções dentro de um conjunto maior de alternativas. Ela enfatiza que não faz sentido focar no reúso enquanto ainda houver perdas significativas na rede de distribuição. Além disso, destaca que todas as fontes de água — superficial, subterrânea, da chuva, reúso e dessalinização — devem ser consideradas simultaneamente nas tomadas de decisão. Para ela, não dá mais para fazer saneamento como era feito antes; é preciso adotar uma mentalidade moderna e integrada, alinhada com os desafios do século XXI.
Ela explica que 99,9% do esgoto é água, e que hoje já existem tecnologias eficientes e acessíveis para o tratamento seguro, inclusive para reúso potável. Ana ressalta que o maior custo não é o investimento no reúso, mas o custo de ficar sem água, tanto econômico quanto social. “A inovação que precisamos atualmente é na gestão dos recursos, não apenas na tecnologia”, destaca.
Para avançar, é fundamental educação continuada, planejamento integrado e vontade política. É preciso também reconhecer que todas as fontes de água — superficial, subterrânea, da chuva, dessalinização e reúso — devem ser consideradas simultaneamente nas decisões.
“Estamos no século XXI, não dá mais para fazer saneamento com a mentalidade do século passado”, conclui. O reúso de água é uma ferramenta essencial para a segurança hídrica e sustentabilidade do Brasil e do mundo.
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